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2020.1

por Edson Luiz Folador publicado 25/02/2021 16h29, última modificação 25/02/2021 16h41
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE NANOFIBRAS POLIMÉRICAS PARA A LIBERAÇÃO CONTROLADA DO HORMÔNIO 17β- ESTRADIOL por Edson Luiz Folador — última modificação 25/02/2021 16h34

A menopausa é uma fase biológica natural da vida feminina caracterizada pela diminuição da secreção de estrogênios e muitas vezes, é acompanhada de sintomas que comprometem a qualidade de vida da mulher. Para tanto, a terapia hormonal de reposição do estrogênio tem se mostrado positiva no controle dos sintomas da pós menopausa, sendo os estrogênios endógenos mais utilizados, dentre eles o estradiol, principal hormônio presente em mulheres na idade reprodutiva. Entretanto, uma administração em excesso do estradiol pode gerar uma condição de hiperestrogenismo, que pode causar hiperplasia do endométrio, edema e desconforto em membros inferiores, o que evidencia a importância de uma terapia hormonal de qualidade. Nesse sentido, as nanofibras são materiais que possuem pequena dimensão e grande área superficial, características que as tornam favoráveis para a aplicação como dispositivo de liberação de fármacos. Elas possuem a capacidade de promover uma liberação controlada dependente da degradação de sua matriz polimérica, o que gera menores taxas de perda do fármaco, menor necessidade de dosagens elevadas e anula a necessidade de um evento cirúrgico para remoção do dispositivo. Levando-se em consideração o potencial terapêutico das nanofibras para a liberação controlada de fármacos, este trabalho tem como objetivo avaliar a eficiência de nanofibras de PLA/PEG na liberação do hormônio 17β-estradiol como método de terapia hormonal. Foram sintetizadas duas nanofibras, uma controle, sem o hormônio, e uma nanofibra com 17β-estradiol, ambas pela técnica de Solution Blow Spinning (SBS). A solução para fiação foi composta por clorofórmio, ácido lático (PLA), polietilenoglicol (PEG) e hormônio 17β-estradiol. Através da Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) foi observada a presença dos polímeros PLA e PEG nas nanofibras, entretanto não foi possível identificar a presença do estradiol na nanofibra o incorporando, possivelmente devido a sobreposição dos picos poliméricos com os do hormônio ou problemas técnicos com o espectofotômetro utilizado. No experimento de liberação do hormônio o 17β-estradiol também não foi detectado pelo espectrofotômetro UV-VIS em comprimento de onda de 280 nm. Dessa forma, é necessário que outros métodos de caracterização sejam utilizados, como a microscopia eletrônica de varredura (MEV) e a análise termogravimétrica (TGA), objetivando identificar a presença do hormônio na nanofibra, e que o experimento de liberação controlada seja refeito. Também é interessante à pesquisa a elaboração de mais grupos de nanofibras afim de estabelecer a melhor condição de fiação da nanofibra. Palavras-chave: Estradiol, Menopausa, Nanofibras, Liberação Controlada

ANÁLISE GENÔMICA E METABOLÔMICA DE UMA LINHAGEM DE STREPTOMYCES GALBUS ISOLADA DO SEMIÁRIDO PARAIBANO por Edson Luiz Folador — última modificação 25/02/2021 16h35

A resistência antimicrobiana vem alertando entidades governamentais e a Organização Mundial da Saúde (OMS) com uma iminente crise global provocada pelo aumento gradativo da ineficácia de antibióticos frente a patógenos multirresistentes. As actinobactérias têm sido a maior fonte dos antibióticos utilizados clinicamente. Membros desse filo estão presentes em vários ambientes, inclusive, ambientes considerados extremos (como o bioma Caatinga), os quais têm sido o foco de exploração de novos antibióticos. Com isso, modernas abordagens começam a ser adotadas, em adição da exploração desses ambientes inexplorados. Entre eles, o sequenciamento genético juntamente com a aplicação de ferramentas da bioinformática na mineração de genomas tem ajudado a conhecer a diversidade de bactérias e os metabólitos secundários que estas produzem. Como também, métodos analíticos como cromatografia associada a espectrometria de massas para análises de extratos têm surgido como formas de mudar o panorama frente à pesquisa de novas moléculas com potencial antibiótico. Nesse estudo, uma linhagem de actinomiceto isolado na região do Cariri paraíbano que apresenta uma excelente atividade antimicrobiana e antitumoral, teve seu genoma sequenciado, anotado e estimado in silico quanto à produção de metabólitos secundários de interesse. A partir de análises genômicas, o isolado apresenta tamanho do genoma de 7 548 406 pares de bases e um alto conteúdo de guanina e citosina de 73,16%. Com análises filogenéticas, a linhagem I339 foi classificada como pertencente à espécie Streptomyces galbus e mostrou uma relação íntima com a S. galbus DSM 40089 e um distanciamento com a S. longwoodensis DSM 41677, a qual pôde ser visualizada através de análises de genômica comparativa entre as espécies. A análise de agrupamentos de genes relacionados a síntese de metabólitos mostrou a presença de 47 agrupamentos para S. galbus I339, sendo alguns destes, relacionados à produção de moléculas com atividade antimicrobiana e antitumoral. Através de análises de cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (GC-MS) e por ionização em eletrospray seguido de espectrometria de massas (ESIToF-MS) foram identificados compostos com potencial antimicrobiano e anticancerígeno como as dicetopiperazinas e o grupo das actinomicinas. Além do mais, foram identificadas diversas massas que não puderam ser associados a compostos já descritos, os quais podem estar relacionadas a novas moléculas. As predições in silico associadas aos métodos de análise físico-química demonstram uma notável capacidade da linhagem I339 de S. galbus para a produção de metabólitos secundários, sendo uma grande candidata a produção de novas moléculas com propriedades antibióticas. Palavras-chave: Resistência antimicrobiana. Actinobactéria. Metabólitos secundários. Desreplicação. Mineração de genomas.

UTILIZAÇÃO DO ENGAÇO DE UVA PARA PRODUÇÃO DE ENZIMAS CELULOLÍTICAS E PECTINOLÍTICAS POR Paecilomyces sp. TP08 por Edson Luiz Folador — última modificação 25/02/2021 16h36

Com a expansão da vitivinicultura no Brasil, a geração de resíduos por esse setor também tem apresentado crescimento. Nas últimas décadas, o tratamento e reutilização desses subprodutos estão recebendo cada vez mais atenção, seja na perspectiva do aproveitamento rentável ou de preocupações ambientais. O engaço é o primeiro subproduto do processamento da uva, sendo obtido no início da cadeia produtiva na etapa de desengace. Esses resíduos atualmente utilizados como adubo orgânico, possuem composição lignocelulósica com potencial para uso em bioprocessos na geração de bioprodutos de valor agregado, a exemplo das enzimas microbianas de aplicação industrial. Nesse contexto, buscou-se empregar o engaço como substrato alternativo no cultivo em estado sólido pela ação do isolado Paecilomyces sp.TP08 para produção de enzimas celulolíticas e pectinolíticas. Para isso, o engaço foi preparado passando por secagem e moagem e caracterizado quanto aos teores de umidade, açúcares redutores totais, pH e porosidade. Em seguida sete frascos, contendo 5g de substrato cada, foram inoculados com uma suspensão de conídios numa concentração de 1x107 conídios por grama de substrato, e deixados a temperatura ambiente por 120h. Foi realizada uma retirada da amostra a cada 24h para obtenção do extrato bruto enzimático através de filtração. Alíquotas desse extrato bruto foram utilizadas para determinação da atividade enzimática, sendo avaliadas as atividades de celulases totais e pectinases. Para verificar se houve aumento proteico, foi analisado pelo método de Bradford a quantidade de proteínas totais durante o processo enzimático. Diante dos resultados, foi verificada uma maior atividade de pectinase, com 14,9U/g às 48h. Para as celulases totais, a maior atividade também foi marcada em 48h, com 0,25U/g, assim como para as endoglucanases com 1,0U/g. Além disso, observou-se um aumento gradual da quantidade de proteínas totais durante o processo, promovendo enriquecimento proteico do engaço de uva. Assim, com os resultados obtidos é possível observar um potencial de produção enzimática pelo emprego do engaço de uva como substrato do cultivo em estado sólido como também a importância de mais estudos acerca das variáveis desse processo. Palavras-chave: Engaço. Resíduo agroindustrial. Fermentação em estado sólido. Celulases. Pectinases

AVALIAÇÃO DA INCORPORAÇÃO DO BORNEOL EM COMPLEXOS DE INCLUSÃO COM A 2-HIDROXIPROPIL-β-CICLODEXTRINA (2HP-β-CD) por Edson Luiz Folador — última modificação 25/02/2021 16h37

Cada vez mais novos fármacos com potencial terapêutico estão sendo descobertos, porém uma grande parte possui baixa solubilidade em água, o que dificulta a sua aplicação. O Borneol é um álcool monoterpeno bicíclico encontrado em óleos essenciais de várias plantas medicinais. Possui uma ampla utilização na área de alimentos, cosméticos e na farmacêutica, recentes estudos, constatam que o borneol possui atividades anti-inflamatórias, antioxidantes e ansiolíticas, o que é de grande interesse farmacológico, entretanto possui uma baixa solubilidade em fluídos biológicos. O objetivo deste estudo foi preparar e caracterizar o complexo de inclusão entre a 2-hidroxipropil-β-ciclodextrina e o borneol. O complexo de inclusão foi preparado pelo método de liofilização, freeze-drying, e caracterizado através do estudo de solubilidade de fases e da técnica de Ressonância Magnética Nuclear de 1H (1HRMN). As curvas de solubilidade determinadas para o borneol mostraram perfis do tipo AL, a constante de associação (Kc) obtida foi de 112,21 M-1. A formação do complexo de inclusão proporcionou um aumento de 11,5 vezes a solubilidade, passando de 8,7 .10-3 mM para 110,1 .10-3 mM. A eficiência da complexação (CE) também foi estimada, o CE do sistema foi de 0,9762. Alterações sofridas na molécula 2HP-β-CD, observadas pelas análises de espectroscopia de ressonância magnética nuclear, evidenciam a complexação com o borneol e uma possível interação de forças de van der Waals, interações eletrostáticas e ligações de hidrogênio. Palavras-chave: borneol; ciclodextrina, hidroxipropil, 2HP-β-CD, RMN.

ESTUDO DA TOXICIDADE DO EXTRATO LIOFILIZADO DE Agave sisalana EM EMBRIÕES DE PEIXE ZEBRA E Artemia salina por Edson Luiz Folador — última modificação 25/02/2021 16h37

Dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana são arboviroses que assolam a sociedade, tendo como vetor em comum, o mosquito Aedes aegypti. O controle dessas doenças é baseado no combate direto ao vetor, com a utilização, na maioria das vezes, de inseticidas químicos. No entanto, ao longo dos anos, o mosquito Ae. aegypti começou a adquirir resistência aos inseticidas convencionais fazendo-se assim, necessário uma prospecção por novas substâncias com característica inseticida. Na natureza, diversas plantas possuem potenciais substâncias pesticidas, provenientes do metabolismo secundário, que desempenham um papel defensivo da planta contra pragas. O sisal (Agave sisalana), por exemplo, recentemente foi atribuído como planta com propriedades inseticidas contra todas as fases do mosquito Ae. aegypti. Para avaliar a segurança desse tipo de inseticida, faz-se necessária a avaliação da sua toxicidade. Desse modo, esse estudo teve como objetivo avaliar o efeito tóxico do extrato liofilizado do sisal em náuplios de Artemia salina e embriões de Danio rerio. Para avaliação da atividade citotóxica, 20 naúplios de Artemia salina e 24 embriões de peixe-zebra foram transferidos para tubos de ensaio e placa de 24 poços, respectivamente, e expostos a concentrações de 2,0 mg/mL; 1,0 mg/mL; 0,5 mg/mL; 0,250 mg/mL; 0,125 mg/mL do extrato liofilizado da Agave sisalana. Como resultado, foi visto que o extrato apresentou efeito letal para a Artemia salina e para os embriões. Dessa forma, podemos concluir que o extrato da A. sisalana, embora possua atividade inseticida documentada contra mosquitos Ae. aegypti, deve ter a sua aplicação cautelosa quando a mesma ocorrer em corpos de água em que existam outras espécies não-alvo, especialmente de peixes e crustáceos, tendo em vista sua toxicidade para as espécies estudadas. PALAVRAS-CHAVE: Bioinseticida. Aedes aegypti. Produtos naturais. Embriotoxicidade. Prevenção de epidemias.

UTILIZAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS GLUTAMATO, GLICINA E CISTEÍNA PARA ATENUAR OS EFEITOS TÓXICOS DE CÁDMIO NO CULTIVO IN VITRO DE BRASSICA RAPA L. por Edson Luiz Folador — última modificação 25/02/2021 16h38

O cádmio é um elemento considerado como metal pesado e utilizado em baterias de níquel-cádmio e em pigmentos. Seu descarte inadequado pode contaminar plantações e, consequentemente, alimentos. Dessa forma, as formas de descontaminação desses poluentes são atrativas, sendo a fitorremediação uma técnica de bom custo-benefício que tem como aliada a utilização de plantas naturalmente hiperacumuladoras para a remoção desses contaminantes nos solos. Dentro desse processo, o gênero Brassica L. apresentam características fitorremediadoras, sendo a Brassica rapa L, uma planta herbácea com bom crescimento em biomassa e especial tolerância ao cádmio. Assim, o objetivo deste trabalho foi de avaliar a atenuação de efeitos tóxicos do cádmio pela suplementação exógena de glutamato, glicina e cisteína na espécie Brassica rapa L. cultivada in vitro. O experimento foi realizado a partir de um modelo fatorial das concentrações de 0, 50, 100 e 200 ppm de cádmio e dos três aminoácidos em conjunto, totalizando 16 tratamentos. No cultivo, foi utilizado meio base MS com pH ajustado 5,8. Em câmara de fluxo laminar as sementes foram desinfestadas com uma solução de hipoclorito de sódio 1,25 % de cloro ativo antes da inoculação em meio previamente autoclavado. Após 45 dias os parâmetros de altura da plântula, comprimento da raiz, número de folhas, peso fresco da planta e diferenciação entre planta normal e anormal foram avaliados. Os dados coletados foram submetidos à análise de variância no software SISVAR®, dos quais os tratamentos com diferenças significativas (p ≤ 0,05) foram submetidos ao teste de média de Tukey. Foram observadas diferenças significativas para número de folhas, comprimento de raiz e formação de plantas normais, demonstrando possível atenuação dos efeitos tóxicos do cádmio mediante suplementação com aminoácidos. A melhor concentração para a atenuação dos efeitos foi observada em 100 ppm de aminoácidos. Esse resultado fornece uma base para estudos acerca da concentração referida para um melhor refino da técnica de fitorremediação através da suplementação de aminoácidos. Palavras-chave: Fitorremediação, hiperacumulação, metais pesados

DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE UM NOVO HIDROGEL DE PECTINA PARA A LIBERAÇÃO CONTROLADA DE PILOCARPINA NO COMBATE AO GLAUCOMA por Edson Luiz Folador — última modificação 25/02/2021 16h39

Glaucomas são um grupo heterogêneo de doenças caracterizadas pelo aumento da pressão intraocular e atualmente são considerados como a causa mais frequente de cegueira irreversível no mundo. Apesar de ser uma doença onde seus mecanismos fisiológicos estão bem elucidados, ainda existem diversos entraves quanto a eficiência dos tratamentos atualmente disponíveis. Um deles é causado pelo uso incorreto dos colírios (principal forma de tratamento), esse uso incorreto concerne não somente a aplicação errada do mesmo, o que pode levar a efeitos colaterais ao paciente, mas também o esquecimento de aplicá-lo na hora correta, já que em muitos casos, o colírio deve ser aplicado várias vezes durante o dia. Dentre os medicamentos usados para tratar o glaucoma, a pilocarpina ganha destaque no cenário farmacêutico como um medicamento de origem nacional. Todavia, problemas quanto a sua biodisponibilidade e solubilidade dificultam a sua utilização. Sabendo disso, diversos sistemas de liberação controlada de medicamentos têm surgido nos últimos anos, com o intuito de contornar estes problemas. Um deles são os hidrogéis, que foram um dos primeiros biomateriais desenvolvidos para uso humano devido as suas diversas vantagens de utilização na região ocular, como a biocompatibilidade e a liberação controlada dos medicamentos. Dentre os materiais usados para produzi-los, é notório o uso da pectina graças à sua mucoadesividade e custo de obtenção reduzido. Dessa forma, neste trabalho, foi desenvolvido um novo sistema de liberação controlada de pilocarpina, composto por um hidrogel de pectina cítrica, que apresentou resultados promissores para ser empregado no tratamento do glaucoma. Para isso, foram testadas diversas formulações contendo a pectina cítrica e de maçã, de NaHCO3 e de CaCO3, onde a melhor formulação foi a de pectina cítrica na concentração de 4%, 96 mM de NaHCO3, 40 mM de CaCO3 e 1% de pilocarpina. Sendo esta a que apresentou melhores características aparentes de viscosidade, estabilidade, geleificação e pH à temperatura ambiente. Além disso, foi realizado um ensaio de liberação controlada in-vitro, usando um espectrofotômetro, onde os hidrogéis apresentaram bons resultados, liberando o fármaco de forma controlada por até 72 horas. Também foram feitas análises de FTIR do hidrogel com e sem o fármaco, que não comprovaram a presença do fármaco com eficiência. Todavia, análises do espectrofotômetro no ensaio de liberação identificaram a presença do mesmo, quando diluído em PBS, o que indica que provavelmente a concentração do fármaco no hidrogel estava abaixo da concentração mínima identificável. Portanto, conclui-se que o hidrogel de pectina cítrica é um sistema de liberação controlada de fármacos promissor e com grande potencial de aplicação no tratamento do glaucoma. Palavras-chave: Glaucoma, Hidrogel, Pectina Cítrica, Liberação Controlada, Mucoadesividade.

EXPRESSÃO DE IL-10 E INTERFERON GAMA EM SUBPOPULAÇÕES DE LINFÓCITOS B EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS por Edson Luiz Folador — última modificação 25/02/2021 16h39

O sistema imune é a principal linha de defesa contra o ataque de patógenos e agentes externos através do estabelecimento da inflamação. Este, é dividido entre imunidade inata e adaptativa, a imunidade inata consiste em células de defesas presentes no organismo responsáveis pela resposta imediata contra agressões, já a imunidade adaptativa caracteriza a memória imunológica com principais componentes os linfócitos T e B. Os linfócitos B, alvo do trabalho, são responsáveis por mediar a resposta adaptativa através de linfócitos T CD4 auxiliares e produção de imunoglobulinas de memória. Além disso os linfócitos B são capazes de secretar diversas citocinas (IL-12, IL-10, TNFa, IFNy), que podem mediar sua ação bem como controlar a resposta por linfócitos T. A descoberta de subpopulações de linfócitos B produtores de IL-10 vem sendo cada vez mais estudada e evidenciada já que estes podem atuar como supressores do quadro inflamatório. No presente estudo foram analisados o perfil imunológico de indivíduos saudáveis pela quantificação de subpopulações de células B de memória (CD3-CD19+CD27+CD38-), B de transição (CD3-CD19+CD27-CD38+) e B imaturas (CD3-CD19+CD27-CD38++) e a expressão de IL-10 e IFNy em cada uma dessas subpopulações além de comparação desses níveis entre sexo. Foi visto que comparando aos demais níveis celulares, células B CD38+ expressam, em maior quantificação IL-10 e IFNy. Isso pode indicar um mecanismo de autorregulação. Além disso foi observado que indivíduos do sexo feminino podem ter uma menor quantificação de células B com capacidades imunossupressoras e maior expressão no microambiente celular de citocina pró- inflamatórias, porém são necessários futuros estudos para que seja realizada uma análise completa e mais aprofundada sobre o papel dessas subpopulações em indivíduos saudáveis. Palavras-chave: Bregs. Imunologia. Linfócitos B.

PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTES A PARTIR DE RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS E ANÁLISE DA TOXICIDADE EM PEIXE ZEBRA (Danio rerio) por Edson Luiz Folador — última modificação 25/02/2021 16h40

Os biossurfactantes são moléculas anfipáticas de origem microbiana que agem em interfaces água/óleo ou óleo/água reduzindo as tensões superficiais e interfaciais entre elas e assim tornando alguns compostos mais miscíveis. Em comparação aos surfactantes sintéticos, apresentam diversas vantagens, como a biodegradabilidade e baixa toxicidade conferindo-lhes relevada importância. Entretanto, apesar dos benefícios, o processo de produção de biossurfactantes necessita ser barateado de modo a substituir os surfactantes sintéticos existentes no mercado. A utilização de substrato de menor custo é uma estratégia de tornar o processo mais competitivo em escala industrial. Resíduos agroindustriais, por serem compostos altamente nutritivos para o desenvolvimento microbiano, são exemplos de meios de cultivo de baixo custo para produção de biossurfactantes. Assim, o objetivo desse estudo foi a produção de biossurfactante utilizando meio contendo extrato aquoso da algaroba e a água do processamento úmido do milho e, ainda, analisar a toxicidade do biossurfactante produzido em peixe-zebra (Danio rerio). Os experimentos foram conduzidos em incubadora shaker (200 rpm a 37 ºC, 96 horas), utilizando a linhagem de Bacillus subtilis UFPEDA 16 em meio constituído por 10 % (v/v) do extrato aquoso do macerado de milho e 20 % (v/v) de extrato aquoso da algaroba. O crescimento microbiano foi acompanhado utilizando espectrofotometria (600 nm) e peso seco, o consumo de substrato foi determinado por quantificação de açúcares redutores, utilizando método DNS e a produção de biossurfactante foi determinada por índice de emulsificação e precipitação ácida do meio cultivado. A fase exponencial observada durante o processo foi de 0 a 48 horas, chegando à concentração máxima de biomassa de 4,64 g/L, do qual foi possível registrar 6,2 g/L de consumo de açúcares redutores. O alto índice de emulsificação foi constatado para óleo de motor (82 %) e óleo vegetal (64 %). Ao final do processo, a concentração de biossurfactantes foi de 30 mg/L. Os parâmetros cinéticos que foram avaliados, em relação à velocidade específica de crescimento (µxmax = 0,0170 h-1) e fator de conversão de substrato em células (YX/S = 0,0517 gx/gs), foram satisfatórios quando considera-se que o meio utilizado foi composto por resíduos agroindustriais, sem a utilização suplementação nutricional. Foi observado baixa toxicidade do biossurfactante no organismo modelo, obtendo um CL50 > 100 mg/L, divergindo dos surfactantes sintéticos, demonstrando que o biossurfactante produzido não oferece risco ao ambiente. O meio utilizado, nas condições analisadas, mostrou-se favorável ao crescimento da linhagem B. subtilis UFPEDA 16 e produção de biossurfactantes de baixa toxicidade e de alta atividade emulsificante. Palavras chave: Bacillus subtilis, extrato de algaroba, macerado de milho

COMPATIBILIDADE ENTRE O FUNGO FILAMENTOSO ENTOMOPATOGÊNICO Aspergillus sp. NA01 COM INSETICIDAS USADOS NO MANEJO INTEGRADO DA LAGARTA-ROSCA Agrotis ipsilon (HUFNAGEL, 1766) (LEPIDOPTERA:NOCTUIDAE) por Edson Luiz Folador — última modificação 25/02/2021 16h49

Agrotis ipsilon é uma praga no Brasil capaz de danificar diversas espécies vegetais de relevância econômica. Tendo em vista isso, há interesse e procura por formas de controlar esta praga com maior eficácia e seletividade, para que haja diminuição nas perdas da produtividade, e também que não prejudique o ambiente. O manejo integrado de pragas é um método promissor, pois utiliza inseticidas compatíveis com fungos que promovem patogenicidade em insetos. Sendo assim, o trabalho avaliou a fungitoxicidade de inseticidas utilizados no controle da A. ipsilon sobre o fungo Aspergillus sp. NA01. Para realização das análises, foram utilizados os inseticidas Fipronil, Malathion e Diazinon, utilizados em suas concentrações subletais. Foram avaliados os parâmetros de crescimento vegetativo, conidiogênese e viabilidade dos conídios. Para essas análises foram utilizados o meio de cultivo ágar-Sabouraud-dextrose com os inseticidas acrescidos de antibiótico e dois meios contendo apenas ágar-Sabouraud-dextrose mais antibiótico para o controle positivo e sem antibiótico para o controle negativo. O experimento foi avaliado durante 10 dias em temperatura ambiente. Foi observado que não houve diferença de crescimento entre os grupos controles e o crescimento no meio contendo Diazinon. Já os inseticidas Malathion e Fipronil apresentaram uma redução significativa no crescimento vegetativo. Para o teste de viabilidade dos conídios, foi feita uma suspensão de conídios em 40 mL de água destilada mais uma concentração de 1x104 conídios/mL-1, e desta suspensão foi inoculado 20 µL em placas de petri. Os três inseticidas apresentaram uma redução na esporulação e na viabilidade quando comparados com os grupos controles. Sendo essa redução mais expressiva observada no inseticida Malathion (23.67 %). Foi observado que os inseticidas Fipronil e Diazinon apresentaram uma viabilidade semelhante dos conídios de 54.10 % e 55.90 % respectivamente. Portanto, apenas o Fipronil e Diazinon foram considerados compatíveis com o isolado Aspergillus sp. NA01 in vitro e possuem potencial para serem explorados no manejo integrado para controle de A. ipsilon. Palavras-chave: Controle biológico. Efeito fungitóxico. Inseticida, Pesticida.