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2019.2

por Edson Luiz Folador publicado 24/02/2021 10h07, última modificação 24/02/2021 10h13
PRODUÇÃO DE ENZIMAS EXTRACELULARES POR BACTÉRIAS ISOLADAS DO TECIDO DO ZOANTÍDEO Palythoa caribaeorum por Edson Luiz Folador — última modificação 24/02/2021 10h09

A bioprospecção de novas enzimas com características diferenciadas como a estabilidade em diferentes faixas de pH, salinidade e temperatura são muito promissoras, principalmente para aplicação em vários processos industriais. O ambiente marinho apresenta uma vasta biodiversidade ainda pouco explorada e os organismos marinhos tem sido promissórios como novas fontes de enzimas. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi identificar e caracterizar as bactérias isoladas do tecido necrosado do zoantídeo Palythoa caribaeorum dos recifes de Carapibus – PB. Foi avaliado o padrão de crescimento de isolados sob diferentes concentrações de NaCl e a produção de proteases, celulases e lipases em diferentes condições de cultivo. Os isolados de bactérias foram submetidos a uma extração de DNA genômico, amplificação e sequenciamento do gene de RNAr 16S e análise filogenética. A determinação do padrão de crescimento foi realizado em caldo marinho Zobell 2216 nas concentrações de 2 a 20% (m/v) de NaCl por 7 dias a 37° C. Para analisar a produção de enzimas extracelulares, utilizou-se meios sólidos contendo substratos específicos: gelatina, carboximetilcelulose (CMC) e óleo vegetal residual para detecção de proteases, celulases e lipases, respectivamente. O isolado mais ativo na produção de celulases foi submetido a análise do efeito de pH (5,0; 6,0; 7,0 e 8,0), temperatura (37 e 50 ºC) e salinidade (2%, 5% e 7,5% de NaCl) na atividade enzimática. A análise filogenética revelou que os isolados pertenciam aos gêneros Bacillus, Exiguobacterium, Staphylococcus, Arthrobacter e Pseudomonas. Com relação ao crescimento de bactérias em meio com diferentes concentrações de NaCl, um isolado foi capaz de crescer até 10% de NaCl, sete isolados cresceram até 7,5% de NaCl, quatro até 5% de NaCl e um até 4% de NaCl. Constatou-se que todos os isolados produziram pelo menos uma das enzimas avaliadas, sendo que 46,1% foram produtores de proteases, 61,5% de celulases e 76,9% de lipases. Bacillus subtilis NC8 foi o único isolado capaz de produzir todas as enzimas analisadas, já Pseudomonas stutzeri NC2 foi, dentre todos, o isolado que apresentou o maior índice enzimático (celulase - 14,15). As melhores condições para produção de celulase por P. stutzeri NC2 foram pH 8,0, temperatura de 37 ºC e a concentração de NaCl de 2%. Os resultados obtidos indicam que alguns isolados de bactérias analisados apresentam potencial de exploração para produção de enzimas extracelulares, principalmente as celulases. Palavras-chave: Bactérias halotolerantes; Enzimas extracelulares; Palythoa caribaeorum.

DESENVOLVIMENTO DE PÃES ADICIONADOS DE FARINHA DE XIQUE-XIQUE (Pilosocereus gounellei (A. Weber ex. K. Schum.) Bly. ex Rowl.) por Edson Luiz Folador — última modificação 24/02/2021 10h12

A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, situada em locais de clima semiárido e que oferece muitos recursos aproveitados pela população do Nordeste. Muitas de suas espécies são endêmicas, que apesar de serem amplamente conhecidas e usadas pela população, são pouco conhecidas em seus potenciais benefícios pela indústria e academia: uma dessas espécies é o Xique-xique. Estudos envolvendo o Xique-xique apontam elevados teores de nutrientes como minerais e fibras alimentares, sendo um potencial ingrediente para a indústria alimentícia. A caprinocultura é uma atividade muito realizada no Brasil, principalmente no semiárido, e um de seus produtos é o leite caprino, cada vez mais valorizado pelos seus benefícios. O soro do leite é gerado pela indústria a partir do processamento do leite, tornando-se um resíduo muito poluente, e apesar de ser muito nutritivo, ainda é desperdiçado. Com isso, esse trabalho apresenta uma proposta de utilizar a farinha do Xique-xique como alternativa de incorporá-la em produtos da panificação, conjuntamente ou não ao soro de leite caprino, a fim de avaliar se é possível elevar os teores nutricionais dos alimentos em que tais elementos estão presentes. Foram elaboradas quatro formulações: PC (Controle), PX (Pão adicionado de farinha de xique-xique), PS (Pão adicionado de soro de leite caprino) e PXS (Pão adicionado de farinha de xique-xique e de soro de leite caprino). Foram realizadas as análises para determinação dos teores de umidade, proteína, lipídeos, cinzas, atividade de água, acidez titulável, pH e cor instrumental. Na ausência do soro do leite caprino a farinha do xique-xique alterou o pH dos pães, o que já era esperado devido a seu pH levemente ácido. A farinha do xique-xique foi capaz de elevar os teores de minerais nas formulações testadas, bem como influenciou na retenção da umidade nas formulações em que a mesma estava presente, podendo ser uma proposta de agregação de valor à espécie, que é subutilizada e um potencial novo ingrediente para a indústria alimentícia. Palavras-chave: Cactácea. Panificação, Soro de leite caprino.

AVALIAÇÃO DAS RESPOSTAS DE CÉLULAS T CD4 EM HUMANOS INFECTADOS COM O VÍRUS DA CHIKUNGUNYA por Edson Luiz Folador — última modificação 24/02/2021 10h13

A febre da Chikungunya (CHIKF) é uma doença aguda seguida de artralgia grave sendo o vírus (CHIKV) transmitido por fêmeas de mosquitos dípteros do gênero Aedes. Composto de RNA de fita simples, o genoma viral codifica um total de 10 proteínas sendo 4 não estruturais e 6 estruturais. Desde que foi isolado em 1952, surtos da doença foram confirmados em diversos países gerando transtornos sociais e econômicos. Embora avanços tenham sido realizados ao longo dos anos sobre a participação da imunidade inata e adaptativa na doença, ainda são necessárias pesquisas objetivando um melhor entendimento acerca das respostas do sistema imune nas fases aguda e crônica. Assim, visando melhor compreensão acerca dos mecanismos imunológicos envolvidos com o estabelecimento da infecção pelo CHIKV, foram analisadas a frequência populacional de linfócitos T CD4, além da síntese das citocinas interleucina 10 (IL-10), Fator de transformação do crescimento β (TGF-β) e interferon-γ (IFN-γ), e a expressão das ectoenzimas CD39 e CD73 e dos receptores inibitórios proteína associada a linfócitos T citotóxicos 4 (CTLA-4) e proteína de morte celular programada 1 (PD-1) nas fases aguda e crônica da doença. Para isso, foram coletadas amostras sanguíneas de 7 pacientes acometidos com a Chikungunya na fase aguda (CHIK.A), 4 pacientes acometidos com a Chikungunya em fase crônica (CHIK.C), bem como 7 voluntários saudáveis compondo o grupo controle (CTL). Para caracterização fenotípica das células T CD4 bem como análise da produção de citocinas, enzimas e receptores, as amostras foram submetidas a lise de hemácias e, posteriormente, adquiridas em citômetro de fluxo. A análise dos dados revelou redução na frequência populacional de linfócitos T CD4 durante a fase aguda. Quanto a produção das citocinas IL-10 e IFN-γ, observou-se aumento na fase aguda, seguida de diminuição no estágio crônico. No entanto, a produção da TGFβ se mostrou inalterada em ambas as fases, resultado também observado para a expressão de CD39. Por outro lado, a ectonucleotidase CD73 se mostrou reduzida nos grupos agudo e crônico enquanto que a coexpressão CD39/CD73 apresentou redução em fase crônica. Quanto ao PD-1, não foram reveladas diferenças estatísticas significativas enquanto que a fase aguda apresentou aumento na produção do CTLA-4. No grupo crônico, por sua vez, não houve diferença estatística significativa quanto à produção deste receptor. Sugerese, portanto, que o estabelecimento da fase crônica poderia ser facilitado pelo aumento de ações imunossupressoras observadas no estágio agudo. Neste, por sua vez, a maior produção de IFN-γ assim como redução na expressão de CD73, auxiliaria em um quadro pró-inflamatório o qual contribuiria com o desenvolvimento de alguns sinais clínicos. Palavras-Chave: Citocina. CD73. CTLA-4

AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO DE BIOFILME EM MATERIAIS ORTODÔNTICOS por Edson Luiz Folador — última modificação 24/02/2021 10h13

Este trabalho teve como objetivo verificar a atividade de quatro adoçantes comerciais sobre a formação de biofilme de Streptocccus mutans UA159 sobre a superfície de dentes artificiais compostos de resina acrílica. Inicialmente foram determinadas as concentrações inibitória e bactericida mínimas do aspartame, stevia, sucralose e xilitol em concentrações equivalentes a quatro sachês dos produtos (3,2 g/160 mL ou 0,02 g/mL). O ensaio in vitro de adesão da bactéria foi realizado em placas de microdiluição. Os dentes foram imersos em saliva artificial por 48h à 37ºC. Após, o biofilme formado foi quantificado, em triplicata, pela técnica do cristal violeta. O controle do teste utilizou sacarose 10% e lactose, principal adjuvante da composição dos adoçantes. A absorbância determinada à λ = 590 nm foi utilizada para calcular e classificar o percentual de adesão de S. mutans UA159. Não foi observada concentrações bactericidas e bacteriostáticas, entretanto a presença do adoçante promoveu a redução da adesão bacteriana quando comparada ao controle. As densidades ópticas variaram entre 0,498 e 0,681. O maior e menor percentuais de adesão foi observado, respectivamente, na presença do aspartame e do xilitol. No entanto, em todas as condições avaliadas havia células metabolicamente ativas com capacidade de adesão, sugestivo de maior potencial de desenvolvimento do biofilme e risco de infecções.