Você está aqui: Página Inicial > Contents > TCCs > 2020.1 > ESTUDO DA TOXICIDADE DO EXTRATO LIOFILIZADO DE Agave sisalana EM EMBRIÕES DE PEIXE ZEBRA E Artemia salina
conteúdo

ESTUDO DA TOXICIDADE DO EXTRATO LIOFILIZADO DE Agave sisalana EM EMBRIÕES DE PEIXE ZEBRA E Artemia salina

por Edson Luiz Folador última modificação 25/02/2021 16h37
Dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana são arboviroses que assolam a sociedade, tendo como vetor em comum, o mosquito Aedes aegypti. O controle dessas doenças é baseado no combate direto ao vetor, com a utilização, na maioria das vezes, de inseticidas químicos. No entanto, ao longo dos anos, o mosquito Ae. aegypti começou a adquirir resistência aos inseticidas convencionais fazendo-se assim, necessário uma prospecção por novas substâncias com característica inseticida. Na natureza, diversas plantas possuem potenciais substâncias pesticidas, provenientes do metabolismo secundário, que desempenham um papel defensivo da planta contra pragas. O sisal (Agave sisalana), por exemplo, recentemente foi atribuído como planta com propriedades inseticidas contra todas as fases do mosquito Ae. aegypti. Para avaliar a segurança desse tipo de inseticida, faz-se necessária a avaliação da sua toxicidade. Desse modo, esse estudo teve como objetivo avaliar o efeito tóxico do extrato liofilizado do sisal em náuplios de Artemia salina e embriões de Danio rerio. Para avaliação da atividade citotóxica, 20 naúplios de Artemia salina e 24 embriões de peixe-zebra foram transferidos para tubos de ensaio e placa de 24 poços, respectivamente, e expostos a concentrações de 2,0 mg/mL; 1,0 mg/mL; 0,5 mg/mL; 0,250 mg/mL; 0,125 mg/mL do extrato liofilizado da Agave sisalana. Como resultado, foi visto que o extrato apresentou efeito letal para a Artemia salina e para os embriões. Dessa forma, podemos concluir que o extrato da A. sisalana, embora possua atividade inseticida documentada contra mosquitos Ae. aegypti, deve ter a sua aplicação cautelosa quando a mesma ocorrer em corpos de água em que existam outras espécies não-alvo, especialmente de peixes e crustáceos, tendo em vista sua toxicidade para as espécies estudadas. PALAVRAS-CHAVE: Bioinseticida. Aedes aegypti. Produtos naturais. Embriotoxicidade. Prevenção de epidemias.